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Cyndi Lauper: a cantora Pop mais rocker do planeta

Pode soar estranho, até mesmo incoerente, cuja manchete dá ênfase no termo “rocker”, que aparentemente passa longe do que foi conhecido e categorizado um dos ícones do Pop da década de 80, a cantora CYNDI LAUPER. Por sinal, uma das artistas que mais venderam dentro do gênero, historicamente.

Entretanto, a história da artista mostrou o contrário. Uma cantora controversa, cheia de atitudes, com uma bagagem e talento, que superou os moldes pré-estabelecidos, sem se prender a rótulos, com referências calcadas no blues, Jazz e sua voz marcante, fina, rasgada, elevou o status do Pop, pobre e descartável que seguiu por quase 2 décadas.

Bom que se diga, que o Pop feito na década de 80 havia uma musicalidade genuína, com bons valores, produtores e talento. MICHAEL JACKSON e MADONNA, não me façam mentir. Por sinal, até hoje, são considerados a Monarquia da Música Pop, ‘o rei e a rainha’.

Diferença entre MADONNA, MICHAEL JACKSON com a CYNDI LAUPER? Foram artistas que marcaram não apenas uma trajetória, mas mudaram de fato, o contexto cultural do planeta.

Entretanto, LAUPER, ao contrário dos paradigmas consolidados como sucesso, como visibilidade, vendagens, turnês milionárias, se afastou dos holofotes, conquistando um público cada vez mais heterogêneo, menos Mainstream, mais engajado ‘musicalmente’. Como diria o público mais “Old School”, trabalhos com mais essência, “true”, com atitude mais “Rocker”.

É claro, quando se diz o termo ‘Rocker’, refere se propriamente, trabalhos com mais ideologia, conceitos, não que o Pop, não possa seguir um papel artístico, mais conceitual, mas sim, pelo os sistemas mercadológicos, muita coisa tida como ‘Pop’ se perdeu o valor, principalmente, pelo investimento em demasia a um entretenimento sem apelo emocional e banal. Desde a morte de MICHAEL JACKSON, o pop se sucumbiu.

A herança de JACKSON foi magnífica, com ótimas obras e trabalhos com essência, aliando ao Pop Comercial, sem perder sua raiz, com o suingue do Soul/funk, a alma do Gospel, a veia Roqueira e valores que fizeram com que cada ‘Rocker’ o adotasse como mais um para o bando.

Voltando a falar de CYNDI LAUPER, em 1990 houve um concerto em Berlin (Alemanha), organizado pelo baixista Roger Waters (Ex PINK FLOYD). O evento celebrou a quebra do muro que dividia a Alemanha Ocidental e Oriental. O evento representou a união das nações, o fim da divisão entre o socialismo e capitalismo. O que LAUPER tem a ver com isso? Ela foi a única artista Pop a ser convidada a cantar no evento ‘the wall’, a representação de um clássico “another brick in the wall”, evento esse de cunho social, político, escolhido a dedo, por um dos caras mais engajados do Planeta.

LAUPER marcava o seu nome, com isso, na história da música Mundial.

Os anos seguintes foram de trabalhos de extrema qualidade, mas com menos apelo comercial. A musicalidade, talento, se perpetua. Ao contrário de muitos artistas do gênero, pouco se ouve falar de sua vida pessoal. Completando hoje (22), 62 anos, CYNDI se firma como um ícone não apenas do Pop, mas uma Rocker de mão cheia, com ideais sólidos e uma carreira de destaque e relevância para a música Mundial.

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