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Guns N’ Roses: a trágica história do baixista fundador

O texto que segue é baseado majoritariamente numa tradução feita do dinamarquês para o inglês por um colaborador do site MyGNR.com, logado neste sob o pseudônimo ‘Duff Rose’. A tradução original, que acredita-se tenha sido feita via tradutor eletrônico, deixa alguns termos do original levemente dúbios, e portanto, foram eliminados ou reinterpretados. A URL da tradução original pode ser acessada no link:

“Esses são uns caras gays que não sabem tocar.”

Mas os bichas estão se dando muito bem.

Alguns de vocês provavelmente sabem que, bem nos primórdios da banda, um dinamarquês, OLE BEICH, era o baixista do GUNS N’ ROSES. Ele deixou a banda bem cedo, antes deles estourarem, e morreu em 1991.

Ole estava sentado num banco à beira do Lago Sct. Jørgens em Copenhague, junto com um amigo, discutindo se conseguiriam nadar até a outra margem do lago. Nós podemos seguramente acreditar que Ole estava bêbado com nove garrafas de Elefantøl e três de Blue Melton. Ele sempre tinha sido do tipo que quer provar que é possível fazer isso e aquilo. Ele se despiu de todas suas roupas, exceto por suas calças azuis e entrou na água. Estava frio, cerca de nove graus e já era mais de dez horas da noite. A escuridão de outubro já tinha coberto Copenhague. Da beira do lago, o camarada de Ole e um corredor que passava viram desaparecer na escuridão.

Logo depois não conseguiam mais vê-lo, pra depois ouvi-lo gritar e chamar por eles.

Esta é a história de OLE BEICH, um jovem músico de Brisbane que no começo dos anos 80 mudou-se para os EUA atrás de seu sonho de se tornar um astro do rock em 1985 e fundou o GUNS N’ ROSES.

Uma história do largamente desconhecido membro dinamarquês de uma das maiores bandas de rock do mundo. Uma história sobre a alegria de tocar música e desconforto de ter que socar seus testículos pra baixo num par de calças de lycra preta. E também uma história de fé e esperança numa transição, enquanto perde-se a fé em si mesmo.

A história começa na segunda metade dos anos 60 em um pequeno ponto vermelho afastado dos subúrbios de Brisbane. Lá está a família Beich se aprontando para outro dia comum. Ole tem 12 anos e Anders sete, e ambos estão na época escolar. Como de costume, os dois irmãos sentam-se lado a lado, cada qual com seu prato. E cotidianamente, Ole pega o pacote de flocos de milho da Kellog’s e o inclina sobre seu prato. Mas nessa manhã não serão só flocos de milho que sairão da caixa: um pequeno canhoto também desliza pra fora com os flocos amarelos e aterrissa no prato. “Parabéns, você ganhou uma guitarra”, lê-se no canhoto.

Ole pulou de felicidade. Ele tocou um pouco na guitarra de jazz de seu pai e sonhava em ter sua própria. O sonho é entregue depois diretamente a sua porta em uma caixa de papelão da Kellog’s. Ole praticava todo dia. Algumas vezes, sozinho em seu quarto.

Por outras vezes, junto a dois amigos na pequena lavanderia, onde eles mal conseguem encaixar a bateria e dois amplificadores de guitarra na porta da cozinha, junto com a máquina de lavar e alguns armários. Eles ensaiam e se aperfeiçoam até a exaustão.

E muitas vezes esquecia-se completamente de fazer a tarefa da escola. Quando os pais perguntam pela escola, Ole entra correndo no quarto, procurando por sua guitarra.

Ole poderia se sair muito melhor nos estudos, escrevem os professores, preocupados em seus pareceres. Eles estavam certos, mas Ole não quer sair-se melhor. Na verdade ele nem se importa com escola, ele largaria os estudos convencionais mais tarde e nunca se formaria. “Ele só queria saber de tocar música,” diz a mãe de Ole, Birgit Beich. “Mas enquanto isso, ele realmente gostava de provar que ele poderia ser alguém. Ele nunca disse isso diretamente… não que eu possa me lembrar de que ele tenha dito, ‘Agora eu vou pros EUA e eu vou mostrar que eu posso’, mas não há dúvida de que foi por isso que ele quis ir. Ele tinha muita vontade de provar que ele podia”.

Ole tem uma visão. Os anos da adolescência se foram com o Ole Beich conhecido em Brisbane. Com seus longos e claros cabelos, ele quer catar todas as garotas bonitas mas claro, devido a seu talento musical.

Ainda em sua juventude, ele de muda pra Copenhagen, e toca, dentre muitos outros, no MERCYFUL FATE, que depois conseguiria assinar com um selo fonográfico na Inglaterra e seria uma grande inspiração para o METALLICA, mas ele largou a banda para mudar-se pros EUA.

Ele diz a seus pais que viajaria para os EUA para tocar música e ganhar dinheiro suficiente para comprar uma casa para a família. Ele vai comprar duas [motocicletas] Harley-Davidson, uma pra ele e uma para seu pai, que tem motos e adora andar nelas. E ele vai retornar a Brisbane para ver seu Ford Lincoln ser despachado no porto e depois dar uma volta pela cidade.

Em outubro de 1983 ele se vai. Chovia no porto de Calabar, quando Ole Beich e seu amigo Henry Aarøe embarcam no ferry da DFDS para a Inglaterra, de onde eles irão voar até Los Angeles.

Ole está usando óculos escuros. Na verdade, são óculos comuns de leitura, mas ele pediu a um ótico em Brisbane que o fizessem num tom escuro, de modo que eles fossem confusamente parecidos com óculos de sol. Fica mais legal, ele acha.

 

No cais estão seus pais, os pais de Henrik e alguns amigos. A mãe acena enquanto os dois homens ainda são visíveis no convés, mas Ole não está acenando de volta. Não é difícil reconhecer o jovem em sua jaqueta de motoqueiro com rebites e zíper duplo, e também, astros do rock não acenam. Ainda mais pra suas mães.

Do momento que saem do avião em Los Angeles e passam pelo saguão de desembarque, Ole tem apenas uma coisa em sua mente: ele vai achar alguns músicos pra tocar com ele. E quanto antes, melhor.

Enquanto Henrik aluga um carro, o músico aspirante vai até a banca de jornal e compra uma pilha deles. Ele dedilha rapidamente pelos anúncios, onde bandas estão procurando por membros novos. Há muitos: bandas que procuram guitarristas, bandas que procuram bateristas, bandas que procuram baixistas, bandas que procuram cantores.

Ole, que nesse meio tempo com o MERCYFUL FATE trocou a guitarra pelo baixo – supostamente por causa da feroz competição entre guitarristas – procura na categoria de baixo e rock pesado.

Ele liga logo em seguida e já no dia seguinte, ele tem o primeiro compromisso para um teste em Los Angeles. Não é por acaso que Ole e Henrick escolheram Los Angeles. É o lugar perfeito para músicos. A cidade dos sonhos.

Foi aqui que o The Doors vingou.

Foi aqui que Neil Young tocou seu primeiro show da carreira solo.

Foi aqui que Frank Zappa e os Mothers Of Invention gravaram seus discos mais aclamados. E era aqui que Ringo Starr, Neil Diamond, Janis Joplin, Jim Morrison, Led Zeppelin e o The Byrds se divertiam.

E sim, até Elvis costumava visitar a cidade regularmente quando era vivo.

Na [revista musical] Rolling Stone, Ole leu sobre a pulsante Sunset Strip e casas noturnas como o Troubador, Roxy e o Rainbow Bar e sonhava para longe dos bares de sua cidade natal, direto para o burburinho dos Astros do rock e das modelos.

“Você consegue se imaginar indo pra cama com a Brooke Shields?”, ele perguntou a seu amigo Henry antes dele irem. Henry podia muito bem imaginar-se indo pra cama com a supermodelo e atriz, então com 18 anos, tal como ele tinha visto em uma revista. Seria grandioso.

Ole e Henrik nunca encontraram com Brooke Shields, mas logo deram de cara com outros famosos: no Rainbow Bar, encontrou-se por acaso com membros do MÖTLEY CRÜE, com os quais ficou amigo depois, e através de anúncios de jornal para testes ele conheceu BILL WARD, baterista do BLACK SABBATH, e num desses encontros, um cara chamou Axl.

Nessa época, AXL ROSE ainda é um desconhecido.

 

Ole Beich com Axl Rose no L.A. Guns em 1984

Ele é como Ole Beich e muitos outros jovens e ambiciosos músicos que viajavam para Los Angeles para tentar a sorte. Os dois costumavam ir aos mesmos bares, irem aos mesmos testes, e eventualmente uma dessas audições leva Axl e alguns outros músicos com Ole Henrik a um velho barracão em Sunset Boulevard, onde os dois escandinavos moraram por um tempo. O local tinha servido de estoque para um shopping center, mas acabou virando um estúdio de gravação com alguns quartos.

Eles fumam maconha, bebem e conversam sobre música.

Mantenha a fonte ao citar o texto: Guns N’ Roses: a trágica história do baixista fundador http://whiplash.net/materias/biografias/120762-gunsnroses.html#ixzz43fTogyVn
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